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Ontem eu me olhei no espelho e me vi. Ainda bem. Eu me vi e pensei "ainda bem. ainda não sumi."
Ontem eu me olhei no espelho, me vi, pensei "ainda bem" e me achei bastante bonita. Como não me achava já há algum tempo. Eu me vi e cheguei à conclusão de que já fazia muito tempo que eu não me via. Já faz muito tempo que eu não me vejo. Porque se eu me visse já teria chegado à conclusão bastante óbvia de que isso não é necessário. Seja lá o que isso for.
Ontem eu me olhei no espelho, me vi, pensei "ainda bem" e me achei bastante bonita. Como não me achava já há algum tempo. Eu me vi e cheguei à conclusão de que já fazia muito tempo que eu não me via. Já faz muito tempo que eu não me vejo. Porque se eu me visse já teria chegado à conclusão bastante óbvia de que isso não é necessário. Seja lá o que isso for.
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Querido diário:
Hoje o ensaio se mostrou bastante produtivo. A vida não. E eu penso que talvez a vida não devesse ser produtiva mesmo. Afinal, é toda uma coisa subjetiva. E a produtividade me parece estar mais ligada à objetividade. Portanto, a vida não ser produtiva é que é o objetivo subjetivo. Se é que isso é possível.
Ah, inventei uma peça nova na minha cabeça, chama "Vidas Cítricas" e é uma livre adaptação do "Vidas Secas", do Graciliano Ramos. E ao invés de uma cachorrinha Baleia teria um gato chamado Tubarão. Não sei se o Graciliano iria gostar. A peça não se passaria no sertão, mas num viaduto qualquer. Uma analogia bastante óbvia. E no lugar do papagaio que morre no cinema, morreria uma pomba da paz. a luz seria bastante estourada, só de PAR foco 6. Uma espécie de citação ao Nelson Pereira dos Santos. Não sei se o Nelson iria gostar do meu "Vidas Cítricas", livre adaptação de "Vidas Secas". Mas, de qualquer modo, fica anotada a idéia. Faremos uma peça possível e futura.
Hoje o ensaio se mostrou bastante produtivo. A vida não. E eu penso que talvez a vida não devesse ser produtiva mesmo. Afinal, é toda uma coisa subjetiva. E a produtividade me parece estar mais ligada à objetividade. Portanto, a vida não ser produtiva é que é o objetivo subjetivo. Se é que isso é possível.
Ah, inventei uma peça nova na minha cabeça, chama "Vidas Cítricas" e é uma livre adaptação do "Vidas Secas", do Graciliano Ramos. E ao invés de uma cachorrinha Baleia teria um gato chamado Tubarão. Não sei se o Graciliano iria gostar. A peça não se passaria no sertão, mas num viaduto qualquer. Uma analogia bastante óbvia. E no lugar do papagaio que morre no cinema, morreria uma pomba da paz. a luz seria bastante estourada, só de PAR foco 6. Uma espécie de citação ao Nelson Pereira dos Santos. Não sei se o Nelson iria gostar do meu "Vidas Cítricas", livre adaptação de "Vidas Secas". Mas, de qualquer modo, fica anotada a idéia. Faremos uma peça possível e futura.
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"O desprezo nunca será delicado, por mais que eu sorria."
Quando a gente tem um dia bom ainda assim parece que falta alguma coisa.
Quando a gente tem um dia ruim parece que tem um abismo de coisas faltando.
Metaforicamente eu meto um tiro no meu coração. Todos os dias.
Quando a gente tem um dia bom ainda assim parece que falta alguma coisa.
Quando a gente tem um dia ruim parece que tem um abismo de coisas faltando.
Metaforicamente eu meto um tiro no meu coração. Todos os dias.
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Meu amor, você dorme enquanto o mundo está acabando. Não lá fora. Aqui dentro. Você dorme, e o mundo acabando aqui dentro. Não me deixe esquecer. Preciso ler uma coisa pra você. Não sei se sou só eu. Mas tenho a impressão de que nada mais será como antes. Porque o mundo está acabando.
2 comentários:
isso td me da algum susto...
Não há sorriso no desprezo, Nina.
Há?
Besos.
;P
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