sábado, 11 de abril de 2009

Sim. A menina se salva. Como num filme do Christophe Honoré há a redenção. Deixaremos o George Romero de lado finalmente. Deixaremos de lado qualquer morto-vivo e sairemos em busca da redenção. O coração ainda bate, pulsa. Como uma sapo ou um baiacu.

E ela, a menina, não destruirá vidros de automóveis. Não. Ela cantará uma canção em francês e sairá dançando pela rua Carlos de Carvalho. E, feliz, sairá em busca de algum maracatu. Comprará um colar de contas.

E vai admitir. Sim, eu admito. Ainda há espaço para romance.

PARTE III

A estória a ser narrada não tem personagens reais ficcionalizados. Porque aqui ninguém saltará de ônibus em movimento. Ninguém beberá até cair. Não haverá cigarros ou drogas. E sim chá gelado. Aqui há remédio cênico. Existem mãos. E em algum momento elas vão se tocar.

A menina continua caminhando pela vida. Com o sentimento de que sim, é preciso caminhar. Ao seu lado uma espécie de fiel escudeiro que sofre. Mas não existe mais o medo do mundo, nem do amor, nem de dores inenarráveis. O som de uma única mão que aplaude. Qual será?

A estória a ser narrada tem canções. É sobre fotografia. Estática e em movimento. Sobre outros continentes e oceanos. E agora é assim. Fim.

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