domingo, 9 de dezembro de 2007

She was the one love of my life and I let her go

O filme começa assim:

Um close em uma mão. A mão segura um cigarro. A câmera abre. Vemos que o que aparece é uma mão em um espelho retrovisor. Um pouco mais. E vemos o rosto do protagonista. Uns olhos azuis. Que transparecem toda a frustração. O protagonista sofre. Porque sabe muito bem. Sabe muito bem que não é amado. Que aquela pessoa a seu lado sofre de algum outro mal. Mas não isso que ele queria. O azul. Os olhos. Depressão.

A menina tecla teclas. Palavras que não servem pra porra nenhuma.

O protagonista. Desce do carro. Chega no lugar de sempre. E, sem que ninguém perceba, uma lágrima rola por sua face. Depressão. Ele não quer. Mas está. Queria uma arma talvez. Para o suicídio. Porque não consegue terminar. Aquilo que já acabou. Mas não. Inventa desculpas. Mas não.

A menina inventa um personagem imaginário. Para tudo isso acabar bastaria uma palavra. Mas a palavra não vem. As palavras nunca vem.

O protagonista pensa em se matar 20 vezes por dia. E uma única palavra faria com que ele não pulasse. Mas a palavra não vem.

A menina está cansada. De inventar outras vidas que não a sua. Mais interessantes.
Então desliga o computador. E chora. Esperando que alguém a salve.

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