domingo, 30 de dezembro de 2007

Teoria Sobre o Esforço Repetitivo

Saldo:
8 latas de cerveja
25 cigarros
27 horas sem dormir

Resultado:
ainda desconhecido

Dia 28 deveria ser importante. Passou de raspão de novo. Arrancou a tinta da lateral. Barely touched. Mas. Tocou.

A simbologia com o número 28 faz sentido. Agora.

From the top. Never stop.

Você fala como a Marlene Dietrich. E eu sei que você sempre quis ser uma diva. Com seus chapéus casacos sapatos. Você dança desesperadamente. Tentando expurgar. Você sabe. E eu também sei. Há um hiato. Não. Poderia ser ditongo? Poderia ser ditongo. Mas. O português não permite. Você fala em casamento. Divas casam várias vezes. Eu digo que espero. Mas. A verdade. Não. Há um hiato. Um espaço entre o esôfago e. Eu estava lá. Eu sempre estive lá. Mas.

A menina de sempre. A menina de nunca. Tenta em vão. Encontrar as palavras certas. Sim. Em vão porque. Deep down. Ela sabe. E a outra menina sabe também. Não há mais o que ser dito. Palavras não são certas. Certo é o hiato. Espaço. Love and rockets. A Terra dos Elogios. Onde a grama é mais verde. E as pessoas cantam. A menina canta junto. The hills are alive with the sound of music. Foi uma tentativa. Frustrada. Em vão. Mas os pulsos permanecerão intactos.

Órgãos. Produzem sons e outras coisas. Bile. Passa pelo esôfago. Queima. Existe um pequeno espaço. Muito pequeno. Poderia não existir. Cirurgia para hiatos. Ditongo aberto no final. Como em chapéu. Não em sapatos nem em casacos.

Por que é que você me pediu em casamento?

A menina perguntou com olhar perdido. Com um misto de medo e necessidade de ouvir a resposta.

Não obstante, ela se manteve em silêncio.

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